As embalagens pet, mais conhecidas comogarrafas de plástico, chegaram às casas dos brasileiros por volta de 1988, como uma opção barata e leve, para substituir as garrafas de vidro. No entanto, além de trazer vantagens ao consumidor, também trouxe problemas ambientais, por causa do descarte indevido no meio-ambiente. No Brasil são descartadas diariamente, em média, 200 mil toneladas de lixo. Por ano o país produz cerca de três bilhões de garrafas pet, mas recicla apenas metade do que é produzido, e uma garrafa de plástico leva em torno de 400 anos para se decompor na natureza.
Pensando em contribuir para mudar essa realidade, ajudar o meio-ambiente e gerar uma nova fonte de renda para a família, a artesã Patrícia Noleto, criou há quatro anos, um ateliê que utiliza materiais descartáveis, para criação das peças. “Trabalho com diversas técnicas, e como já separávamos o lixo em casa há algum tempo (bem antes de haver coleta seletiva), observei que alguns itens não interessavam aos catadores que passavam na minha rua e a empresa que comprava deles não aceitava, nem como doação. Comecei, então a fazer experiências com garrafas de vinho, latinhas de leite condensado, molho de tomate, leite em pó, entre outras. Busquei informação e fui percebendo que poderia usar as mesmas técnicas que usava em “mdf”, em garrafas e latas. Isso foi o começo, hoje eu já olho para o lixo pensando nas possibilidades”, ressaltou Patrícia.
A artesã oferece aulas de artesanato com material reciclável, em seu ateliê. “As pessoas desejam desenvolver uma atividade que aumente a renda familiar, outras têm curiosidade e há aquelas que buscam o artesanato como terapia, porque estão estressadas e deprimidas, mas o fato é que a maioria se apaixona e nunca mais deixa de fazer”. Para mais informações sobre o trabalho de Patrícia Noleto, basta ligar no número (62) 3942-7365 ou acessar patricianoletoatelie.blogspot.com.